Medidas de salvação do setor da Restauração

PRO.VAR

PRO.VAR apresenta ao Governo e grupos Parlamentares medidas de salvação do setor da Restauração

 

“O sector da restauração, tem sido dos sectores mais afetados pela pandemia, em particular, desde que foi decretado o primeiro estado de emergência em Março de 2020. Não sendo dos sectores obrigados compulsivamente a encerrar logo desde inicio, a verdade é que rapidamente se verificou não ser necessário o encerramento compulsivo da atividade para se perceber o impacto brutal que o confinamento e as restrições à movimentação de pessoas, em trabalho ou em lazer, teriam sobre o sector. O retardar desse reconhecimento teve consequências graves, desde o início, pelo atraso, por exemplo, no acesso ao layoff simplificado.

Sucessivamente, serviu o sector de bode expiatório à disseminação da COVID-19, mesmo após o investimento de milhares de euros em equipamentos e na reformulação do acesso de pessoas e bens aos espaços, sem que existisse qualquer evidência que comprovasse essa suspeição que recaiu sobre o sector.

Curiosamente, apesar disso, voltou o sector a ser totalmente discriminado em termos de apoios e de acesso aos mesmos, querendo-se ignorar que quebras de faturação na ordem dos 90% são ainda piores que o decretar de um encerramento compulsivo. Entendemos, por isso, ser uma questão de justiça e de equidade a intervenção urgente do Governo no sentido de se encontrar um justo equilíbrio entre os apoios e as restrições para controlo da Pandemia. Há um ano que os estabelecimentos se encontram a trabalhar com severas limitação de lotação e de horários, suportando um elevado conjunto de custos fixos, nomeadamente: rendas, licenças de software (faturação e gestão), sites, domínios, energia (isto enquanto a EDP apresenta lucros avultadíssimos), água, gás, serviços de contabilidade, seguros, avenças de HACCP, HST, quebras e desperdícios, entre vários outros, aos quais acresce ainda a degradação de stocks, pois trabalhando a restauração com produtos perecíveis, restou apenas a oferta destes bens ou teríamos de os deitar fora. Mesmo no caso de empresas e empresários que optaram pela solução do take-away, poucos são aqueles que conseguem laborar sem prejuízo, estando literalmente a “pagar para trabalhar”.

Quem realmente conhecer aquilo que se está a passar no terreno, sabe que a maioria dos empresários do setor, apesar do prejuízo, continua apenas a trabalhar por duas razões: i.) para manter alguma liquidez; e ii.) para garantir a manutenção do elo com o seu cliente. Passado um ano, podemos afirmar que o setor da Restauração fez a sua parte. Colaborou sempre com o Governo na implementação de soluções para controlar a pandemia; respondeu, sempre que solicitado, com a retoma da atividade, tentando ajudar a dinamizar a economia; porém, temos sido o “parente pobre” que é sucessivamente esquecido, com recorrentes atrasos, exclusões e insuficiências de apoios, colocando a maioria das empresas no limite da sobrevivência.”

Veja relatório com as medidas propostas em :

(PROVAR) Medidas de Salvação do Setor da Restauração

 

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