Empresários da Restauração reúnem-se para debater problemas do setor
Chef Pedro Lemos (Restaurante Pedro Lemos), Ivo Loureiro (Azeite e Alho, Apúlia), Vasco Mourão (Grupo Cafeína, Porto) e Jorge Santos (Grupo BB Gourmet) foram alguns dos empresários que se reuniram esta segunda-feira, num almoço promovido pela Associação da Restauração PRO.VAR, na Fundação AEP, no Porto.
Promovido pela PRO.VAR no âmbito do plano de ações desta associação exclusiva do sector da restauração, o almoço desta segunda-feira, na Fundação AEP (Associação Empresarial do Portugal), no Porto, reuniu alguns empresários em torno das problemáticas que preocupam a restauração nacional.
Este almoço marca o arranca de uma semana de sensibilização para a fragilidade do sector dedicada ao público em geral, a culminar no evento “5f do menu a 6%”, a decorrer amanhã 5ª feira, 18 de Junho, agregando mais de cem restaurantes do país que vão oferecer uma redução nas refeições ao consumidor final, de acordo com o espírito da Proposta de IVA Diferenciado. Pretende-se com esta ação que os clientes tenham a percepção real do peso do IVA, atualmente fixado nos 23%, no valor total das refeições.
Os empresários presentes do almoço são alguns dos restaurantes que aderiram de imediato a esta iniciativa promovida pela PRO.VAR por, nas palavras do chef Pedro Lemos, “não quer que a atual situação [IVA a 23%] passe a conformismo”.
De acordo com o chef estrela Michelin “até os turistas que procuram Portugal sobretudo pela gastronomia já reclamam o peso do IVA, o que significa que o país está a perder competitividade turística neste aspecto”.
Pelas mesmas razões Vasco Mourão, proprietário do grupo Cafeína (restaurantes Cafeína, Terra, Porta Rossa e Casa Vasco), no Porto, acredita que “a única coisa que não é possível fazer, é nada”, sendo um defensor da proposta de IVA Diferenciado da PRO.VAR por acreditar que esta é uma solução “inteligente, razoável e benéfica para as contas do Estado”.
Recorde-se que a proposta de IVA diferenciado da PRO.VAR passa pela manutenção do imposto nos 23% nos produtos não transformados no sector da restauração, como os artigos de confeitaria, chocolates, marisco e bebidas, e pela redução do IVA para 6% nos alimentos transformados, que representam 60% das vendas do sector da restauração e similares.
De acordo com as estimativas da PRO.VAR, se esta medida, já implementada com sucesso em países como a França, for aprovada em Portugal é possível recuperar mais de 10% dos postos de trabalho no sector e ter um impacto positivo nas contas do Estado em apenas três anos, em virtude da estimada subida da TSU, IRS e IRC da restauração.
A PRO.VAR convida-o a visitar os Restaurantes aderentes, amanhã, 18 de Junho, e tomar contacto direto com o espírito inovador desta iniciativa.