COVID-19 – NOTA PARA A IMPRENSA
Assunto: COVID19
Medidas para reduzir Impacto na Restauração
– Medidas muito insuficientes
. Falência de um terço das empresas
. 150.000 Desempregados
Sublinhamos:
As medidas de apoio às empresas (…) estão feridas de morte pelo facto de existirem “alçapões” armadilhados. (…) que provocarão 30.000 falências e 150.000 desempregos.
NOTA PARA A IMPRENSA
A PRO.VAR (PROmover & inoVAR), primeira e única associação nacional dedicada em exclusivo ao setor da Restauração informa que as medidas aprovadas, no âmbito da COVID19, foram bem recebidas pela Associação, mas depois de conhecer em detalhe as medidas e agora que estão a ser implementadas, constatamos que são insuficientes e têm “alçapões” armadilhados, que deixarão os empresários em situação de falência.
A PRO.VAR, agradece ao Governo o facto de ter aceite muita das propostas apresentadas por esta Associação, contudo não compreende como podem ter sido desenhadas, nos seus detalhes, medidas com, exigências, exceções e limitações que excluem, a maioria das Empresas de Restauração.
As medidas de apoio às empresas, para fazer face à crise económica provocada pela Pandemia, começam agora a ser implementadas, contudo não servem para a maioria das micro-empresas, entendemos que não passam de um engodo ou um presente envenenado, pois parecem ser virtuosas, mas estão feridas de morte pelo facto de existirem “alçapões” armadilhados.
O Lay-off não serve para as micro-empresas pois foram obrigadas a encerrar e não tendo quaisquer tipo de receitas são obrigadas a garantir salários e agora a assegurar os empregos.
O acesso ao crédito está longe de corresponder às garantias dadas pelo Ministro da Economia, o Dr. Pedro Siza Vieira, que garantiu que os custos somados com a operação não ultrapassariam, no total, os 1,5%, aquilo que se tem verificado é bem diferente, os valores atingem o dobro do anunciado.
A PRO.VAR pede prudência e desaconselha os empresários a aceder ao crédito das linhas protocoladas, por serem muito penalizadoras, num contexto económico que se prevê ser muito incerto e por isso muito difícil para os próximos anos.
O Conselho de Ministros e de Estado, aprovaram ontem mais um conjunto de medidas para fazer face ao impacto da COVID19, mas que são claramente insuficientes e algumas são até muito penalizadoras para o setor.
Estamos de acordo que as medidas devam ser efetivas para proteger e salvar mais vidas, mas a proibição de deslocação de pessoas fora das zonas de residência na semana da páscoa são, no entender da PRO.VAR muito excessivas e penalizam de forma vil o setor da Restauração.
A PRO.VAR tem incentivado o setor, no esforço de retoma da sua atividade procurando manter o serviço de take away e delivery, mas esta medida vem no sentido contrário, colocando a maioria do setor, entregues a si próprios, numa situação que vai provocar muito em breve, focos de pobreza extrema.
O que mais importa são as pessoas, concordamos por isso que as medidas devam proteger e salvar mais vidas, mas apelamos ao Governo, que a atitude branda com a banca e a implementação de medidas injustas e muito insuficientes, para com os Empresários (sócio -gerentes) e Empresas (microempresas), não irão seguramente proteger e salvar mais Empresas.
A PRO.VAR lamenta a falta de coragem do Governo por não ter ido mais longe nas medidas direcionadas às microempresas e denuncia os efeitos negativos que estas medidas irão provocar.
Reconhecemos que, no muito curto prazo, até possam servir, mas este bálsamo terá um efeito muito curto e muito em breve iremos assistir a um conjunto de falências e despedimentos em massa.
A PRO.VAR prevê por isso, que em breve, cerca de um terço das empresas (30.000) do setor da Restauração sejam encerradas definitivamente e 50% (150.000) dos trabalhadores fiquem no desemprego.
Estimados cumprimentos,
PRO.VAR – Daniel Serra – Presidente